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 Ruppert Sheldrake

Em evolução, campo morfogenético é o nome dado a um campo hipotético que explica a emergência simultânea da mesma função adaptativa em populações biológicas não-contígüas.

 

A hipótese dos campos morfogenéticos foi formulada por Rupert Sheldrake

Segundo o holismo, os campos morfogenéticos são a memória coletiva a qual recorre cada membro da espécie e para a qual cada um deles contribuem. “Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma. O campos morfogenéticos são campos de forma; campos padrões ou estruturas de ordem. Estes campos organizam não só os campos de organismos vivos mas também de cristais e moléculas. Cada tipo de molécula, cada proteína por exemplo, tem o seu próprio campo mórfico -a hemoglobina , um campo de insulina, etc. De um mesmo modo cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico. Estes campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza..."

 

Campo de informação

Os campos morfogenéticos ou campos mórficos são campos que levam informações, não energia, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois tido sido criado. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente. "

 

Os campos morfogenéticos agem

Sobre a matéria impondo padrões restritivos em processos de energia cujos resultados são incertos ou probabilísticos. Os Campos Mórficos funcionam modificando eventos probabilísticos. Quase toda a natureza é inerentemente caótica. Não é rigidamente determinada. Os Campos Mórficos funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de uma grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras.

 

É deste modo como eu acredito que eles funcionam.

“Campos mórficos são laços afetivos entre pessoas, grupos de animais - como bandos de pássaros, cães, gatos, peixes - e entre pessoas e animais. Não é uma coisa fisiológica, mas afetiva. São afinidades que surgem entre os animais e as pessoas com quem eles convivem. Essas afinidades é que são responsáveis pela comunicação.”Um campo morfogenético não é uma estrutura inalterável, mas que muda ao mesmo tempo, que muda o sistema com o qual esta associado. O campo morfogenético de uma samambaia tem a mesma estrutura que o os campos morfogenético de samambaias anteriores do mesmo tipo. Os campos morfogenéticos de todos os sistemas passados se fazem presentes para sistemas semelhantes e influenciam neles de forma acumulativa através do espaço e o tempo.

 

A palavra chave aqui é “hábito”

Sendo o fator que origina os campos morfogenéticos. Através dos hábitos os campos morfogenéticos vão variando sua estrutura dando causa deste modo às mudanças estruturais dos sistemas aos que estão associados.

 

Ratos no labirinto

Este é um das primeiras experiências realizadas cabo por Sheldrake e foi recapturado do tempo em que ele começou a considerar os campos morfogenéticos. Consiste em ensinar a um grupo de ratos uma certa aprendizagem, por exemplo, sair de um labirinto, em certo lugar, por exemplo, Londres, para logo observar a habilidade de outros ratos em outro lugar então, para exemplo, Nova Iorque, deixar o labirinto. Esta experiência já foi levada a cabo em numerosas ocasiões dando resultados muito positivos.

 

Ressonância Mórfica

 

A teoria do centésimo macaco.

Na biologia, surge uma nova hipótese que promete revolucionar toda a ciência. Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macaco, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha "A" descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa. Ninguém jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia.Quando o centésimo símio da ilha "A" aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha "B" começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira.Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações: o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie. Este é uma história fictícia, não um relato verdadeiro. Numa versão alternativa, em vez de quebrarem cocos, os macacos aprendem a lavar raízes antes de comê-las. De um modo ou de outro, porém, ela ilustra uma das mais ousadas e instigantes idéias científicas da atualidade: a hipótese dos "campos mórficos", proposta pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo o cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.Átomos, moléculas, cristais, organelas, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares, galáxias: cada uma dessas entidades estaria associada a um campo mórfico específico. São eles que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e não um mero ajuntamento de partes. Sua atuação é semelhante à dos campos magnéticos, da física. Quando colocamos uma folha de papel sobre um ímã e espalhamos pó de ferro em cima dela, os grânulos metálicos distribuem-se ao longo de linhas geometricamente precisas. Isso acontece porque o campo magnético do ímã afeta toda a região à sua volta. Não podemos percebê-lo diretamente, mas somos capazes de detectar sua presença por meio do efeito que ele produz, direcionando as partículas de ferro. De modo parecido, os campos mórficos distribuem-se imperceptivelmente pelo espaço-tempo, conectando todos os sistemas individuais que a eles estão associados. A analogia termina aqui, porém. Porque, ao contrário dos campos físicos, os campos mórficos de Sheldrake não envolvem transmissão de energia. Por isso, sua intensidade não decai com o quadrado da distância, como ocorre, por exemplo, com os campos gravitacional e eletromagnético. O que se transmite através deles é pura informação. É isso que nos mostra o exemplo dos macacos. Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser compartilhado por toda a espécie.

 

Até os cristais

O processo responsável por essa coletivização da informação foi batizado por Sheldrake com o nome de "ressonância mórfica". Por meio dela, as informações se propagam no interior do campo mórfico, alimentando uma espécie de memória coletiva. Em nosso exemplo, a ressonância mórfica entre macacos da mesma espécie teria feito com que a nova técnica de quebrar cocos chegasse à ilha "B", sem que para isso fosse utilizado qualquer meio usual de transmissão de informações.Parece telepatia. Mas não é. Porque, tal como a conhecemos, a telepatia é uma atividade mental superior, focalizada e intencional que relaciona dois ou mais indivíduos da espécie humana. A ressonância mórfica, ao contrário, é um processo básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo. Sheldrake apresenta um exemplo desconcertante dessa propriedade.Quando uma nova substância química é sintetizada em laboratório, diz ele , não existe nenhum precedente que determine a maneira exata de como ela deverá cristalizar-se. Dependendo das características da molécula, várias formas de cristalização são possíveis. Por acaso ou pela intervenção de fatores puramente circunstanciais, uma dessas possibilidades se efetiva e a substância segue um padrão determinado de cristalização. Uma vez que isso ocorra, porém, um novo campo mórfico passa a existir. A partir de então, a ressonância mórfica gerada pelos primeiros cristais faz com que a ocorrência do mesmo padrão de cristalização se torne mais provável em qualquer laboratório do mundo. E quanto mais vezes ele se efetivar, maior será a probabilidade de que aconteça novamente em experimentos futuros. Com afirmações como essa, não espanta que a hipótese de Sheldrake tenha causado tanta polêmica. Em 1981, quando ele publicou seu primeiro livro, A New Science of Life (Uma nova ciência da vida), a obra foi recebida de maneira diametralmente oposta pelas duas principais revistas científicas da Inglaterra. Enquanto a New Scientist elogiava o trabalho como "uma importante pesquisa científica", a Nature o considerava "o melhor candidato à fogueira em muitos anos".Doutor em biologia pela tradicional Universidade de Cambridge e dono de uma larga experiência de vida, Sheldrake já era, então, suficientemente seguro de si para não se deixar destruir pelas críticas. Ele sabia muito bem que suas idéias heterodoxas não seriam aceitas com facilidade pela comunidade científica. Anos antes, havia experimentado uma pequena amostra disso, quando, na condição de pesquisador da Universidade de Cambridge e da Royal Society, lhe ocorreu pela primeira vez a hipótese dos campos mórficos. A idéia foi assimilada com entusiasmo por filósofos de mente aberta, mas Sheldrake virou motivo de gozação entre seus colegas biólogos. Cada vez que dizia alguma coisa do tipo "eu preciso telefonar", eles retrucavam com um "telefonar para quê? Comunique-se por ressonância mórfica".Era uma brincadeira amistosa, mas traduzia o desconforto da comunidade científica diante de uma hipótese que trombava de frente com a visão de mundo dominante. Afinal, a corrente majoritária da biologia vangloriava-se de reduzir a atividade dos organismos vivos à mera interação físico-química entre moléculas e fazia do DNA uma resposta para todos os mistérios da vida.A realidade, porém, é exuberante demais para caber na saia justa do figurino reducionista.Exemplo disso é o processo de diferenciação e especialização celular que caracteriza o desenvolvimento embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente iguais, dotadas do mesmo patrimônio genético, dê origem a um organismo complexo, no qual órgãos diferentes e especializados se formam, com precisão milimétrica, no lugar certo e no momento adequado?A biologia reducionista diz que isso se deve à ativação ou inativação de genes específicos e que tal fato depende das interações de cada célula com sua vizinhança (entendendo-se por vizinhança as outras células do aglomerado e o meio ambiente). É preciso estar completamente entorpecido por um sistema de crenças para engolir uma "explicação" dessas. Como é que interações entre partes vizinhas, sujeitas a tantos fatores casuais ou acidentais, podem produzir um resultado de conjunto tão exato e previsível? Com todos os defeitos que possa ter, a hipótese dos campos mórficos é bem mais plausível.Uma estrutura espaço-temporal desse tipo direcionaria a diferenciação celular, fornecendo uma espécie de roteiro básico ou matriz para a ativação ou inativação dos genes.

 

Ação modesta

A biologia reducionista transformou o DNA numa cartola de mágico, da qual é possível tirar qualquer coisa. Na vida real, porém, a atuação do DNA é bem mais modesta. O código genético nele inscrito coordena a síntese das proteínas, determinando a seqüência exata dos aminoácidos na construção dessas macro-moléculas. Os genes ditam essa estrutura primária e ponto. "A maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético", afirma Sheldrake. "Dados os genes corretos, e, portanto as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Isso é mais ou menos o mesmo que enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção e esperar que a casa se construa espontaneamente."A morfogênese, isto é, a modelagem formal de sistemas biológicos como as células, os tecidos, os órgãos e os organismos seria ditada por um tipo particular de campo mórfico: os chamados "campos morfogenéticos". Se as proteínas correspondem ao material de construção, os "campos morfogenéticos" desempenham um papel semelhante ao da planta do edifício. Devemos ter claras, porém, as limitações dessa analogia. Porque a planta é um conjunto estático de informações, que só pode ser implementado pela força de trabalho dos operários envolvidos na construção. Os campos morfogenéticos, ao contrário, estão eles mesmos em permanente interação com os sistemas vivos e se transformam o tempo todo graças ao processo de ressonância mórfica.Tanto quanto a diferenciação celular, a regeneração de organismos simples é um outro fenômeno que desafia a biologia reducionista e conspira a favor da hipótese dos campos morfogenéticos. Ela ocorre em espécies como a dos platelmintos, por exemplo. Se um animal desses for cortado em pedaços, cada parte se transforma num organismo completo.

 

Forma original

O sucesso da operação independe da forma como o pequeno verme é seccionado. O paradigma científico mecanicista, herdado do filósofo francês René Descartes (1596-1650), capota desastrosamente diante de um caso assim. Porque Descartes concebia os animais como autômatos e uma máquina perde a integridade e deixa de funcionar se algumas de suas peças forem retiradas. Um organismo como o platelminto, ao contrário, parece estar associado a uma matriz invisível, que lhe permite regenerar sua forma original mesmo que partes importantes sejam removidas.A hipótese dos campos morfogenéticos é bem anterior a Sheldrake, tendo surgido nas cabeças de vários biólogos durante a década de 20. O que Sheldrake fez foi generalizar essa idéia, elaborando o conceito mais amplo de campos mórficos, aplicável a todos os sistemas naturais e não apenas aos entes biológicos. Propôs também a existência do processo de ressonância mórfica, como princípio capaz de explicar o surgimento e a transformação dos campos mórficos. Não é difícil perceber os impactos que tal processo teria na vida humana. "Experimentos em psicologia mostram que é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam", informa Sheldrake. Ele mesmo vem fazendo interessantes experimentos nessa área. Um deles mostrou que uma figura oculta numa ilustração em alto contraste torna-se mais fácil de perceber depois de ter sido percebida por várias pessoas. Isso foi verificado numa pesquisa realizada entre populações da Europa, das Américas e da África em 1983. Em duas ocasiões, os pesquisadores mostraram as ilustrações 1 e 2 a pessoas que não conheciam suas respectivas"soluções". Entre uma enquete e outra, a figura 2 e sua "resposta" foram transmitidas pela TV. Verificou-se que o índice de acerto na segunda mostra subiu 76% para a ilustração 2, contra apenas 9% para a 1.

 

Aprendizado

Se for definitivamente comprovado que os conteúdos mentais se transmitem imperceptivelmente de pessoa a pessoa, essa propriedade terá aplicações óbvias no domínio da educação. "Métodos educacionais que realcem o processo de ressonância mórfica podem levar a uma notável aceleração do aprendizado", conjectura Sheldrake. E essa possibilidade vem sendo testada na Ross School, uma escola experimental de Nova York dirigida pelo matemático e filósofo Ralph Abraham. Outra conseqüência ocorreria no campo da psicologia. Teorias psicológicas como as de Carl Gustav Jung e Stanislav Grof, que enfatizam as dimensões coletivas ou transpessoais da psique, receberiam um notável reforço, em contraposição ao modelo reducionista de Sigmund Freud.Sem excluir outros fatores, o processo de ressonância mórfica forneceria um novo e importante ingrediente para a compreensão de patologias coletivas, como o sadomasoquismo e os cultos da morbidez e da violência, que assumiram proporções epidêmicas no mundo contemporâneo, e poderia propiciar a criação de métodos mais efetivos de terapia."A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mal", afirmou Sheldrake. "Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas".De todas as aplicações da ressonância mórfica, porém, as mais fantásticas insinuam-se no domínio da tecnologia. Computadores quânticos, cujo funcionamento comporta uma grande margem de indeterminação, seriam conectados por ressonância mórfica, produzindo sistemas em permanente transformação. " Isso poderia tornar-se uma das tecnologias dominantes do novo milênio", entusiasma-se Sheldrake.

 

A Ressonância Morfogenética

Rupert Sheldrake é um dos biólogos mais controversiais de nosso tempo. As suas teorias não só estão revolucionando a rama científica de seu campo se não estão transbordando para outras áreas ou disciplinas como a física e a psicologia.No seu livro “Uma Nova Ciência da Vida”, já citado aqui, Sheldrake toma posições na corrente organicista ou holística clássica, sustentadas por nomes como Von Bertalanffy e a sua Teoria Geral de Sistemas ou E.S. Russell, para questionar de um modo definitivo a visão mecanicista, que da por explicado qualquer comportamento dos seres vivos mediante o estudo de suas partes constituintes e sua posterior redução para as leis químicas e físicas. Por outro lado, Sheldrake propõe a idéia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos característicos.A grande contribuição de Sheldrake consistiu em juntar noções vagas sobre os campos morfogenéticos (Weiss 1939) e os formular em uma teoria demonstrável. Desde que escrevera o livro no qual apresenta a hipótese da Ressonância Mórfica, em 1981, foram feitas numerosas experiências que, em princípio, deveriam demonstrar a validade, ou a invalidade, distas hipóteses Você achará alguns dos, mas relevantes ao término deste artigo.

 

Três enfoques sobre o fenômeno vital

Tradicionalmente houve três correntes filosóficas na natureza biológica da vida: vitalismo, mecanicismo e organicismo. O vitalismo sustenta que em toda forma de vida existe um fator intrínseco, - evasivo, inestimável e não sujeito a medidas, que ativa a vida. Hans Driesch, biólogo e filósofo alemão precursor principal do vitalismo depois da mudança de século, chamou a esse fator causal misterioso enteléquia, que se fazia especialmente evidente em aspectos do desenvolvimento do organismo como a regulação, regeneração e reprodução. A forma clássica do vitalismo, tal e como foi exposto por numerosos biólogos a princípio de século, especialmente por Driesch, foi criticado severamente pelo seu caráter acientifico. De acordo com Karl Popper, os critérios para estabelecer o status cientifico de uma teoria são o falsifiabilidade , refutabilidade e demonstrabilidade. Deste modo, o vitalismo não estava qualificado já que este novo fator causal incerto não pôde ser demonstrado de modo algum. Ernest Nagel, filósofo da ciência escreveu em 1951 no seu livro Filosofia e Investigação Fenomenológica: O grosso do vitalismo ...é agora uma questão extinta... Não tanto talvez para a crítica filosófica e metodológica que se a revelado contra a doutrina, mas para a infertilidade do vitalismo para guiar a investigação biológica e pela superioridade heurística de focos alternativos. Freqüentemente é dito que embora numerosos biólogos se dizem vitalistas, na prática eles são mecanicistas no determinado no laboratório dada a exigência da investigação científica de mostrar as experiências com parâmetros que possam ser medidos na física e a química. Sheldrake afirma que o fracasso do vitalismo é devido principalmente a sua inabilidade para fazer predições demonstráveis e para apresentar experiências novas. O enfoque ortodoxo da biologia vem determinado pela teoria mecanicista da vida : no momento,: os organismos vivos são considerado como máquinas físico-química e todos o fenômeno vital pode ser explicado, em princípio, com leis físico-químicas. Na realidade isto é o a posição reducionista que sustenta que os princípios biológicos podem ser reduzidos a leis fixas e eternas destas duas ramas da ciência. A ortodoxia científica adere a esta teoria porque oferece um marco de referência satisfatória onde numerosas perguntas sobre os processos vitais podem ser respondidas e porque já muito tem se investido nela. As raízes do mecanicismo são mesmo profundas. De acordo com Sheldrake inclusive se você admitir que o enfoque mecanicista esta severamente limitado no só na pratica mais no principio, não poderia ser abandonado, no momento é o único método disponível para a biologia experimental, e sem dúvida continuará o ser usado até ter outra alternativa mais positiva. O organicismo ou holismo recusam que os fenômenos da natureza possam ser reduzidos exclusivamente a leis físico-químicas desde que elas não podem explicar a totalidade do fenômeno vital. Por outro lado reconhece a existência de sistemas hierarquicamente organizados com propriedades que não podem ser entendidas por meio do estudo de partes isoladas, mas em suas totalidade e interdependência. De lá o termino holismo, da palavra whole"=todo em inglês. Em cada nível, o total de energia é mais que a soma das partes, é um fator adicional que escapa a esta metodologia.O organicismo foi desenvolvido debaixo de influências de diversos: sistemas filosóficos como os de Alfred North Whitehead e J.C Smuts, psicologia Gestalt, conceitos como os campos físicos e parte do mesmo vitalismo de Driesch.“ O organicismo trata os mesmos problemas que Driesch disse que eram insolúveis em termos mecanicistas, mas por enquanto ele propôs a enteléquia não física para explicar a totalidade e diretividade dos organismos, os organicistas propuseram o conceito do campo morfogenético (ou embriônico ou de desenvolvimento)". (Sheldrake 1981)

 

O que é um campo morfogenético

Os campos morfogenéticos ou campos mórficos são campos que levam informações, não energia, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois tido sido criado. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente. "“A teoria do causasão formativa é centrada em como as coisas tomam formas ou padrões de organização. Deste modo cobre a formação das galáxias, átomos, cristais, moléculas, plantas, animais, células e sociedades. Cobre todas as coisas que têm formas, padrões , estruturas ou propriedades auto organizativas.Todas estas coisas são organizadas por si mesmas . Um átomo não tem que ser criado por algum agente externo, ele se organiza só. Uma molécula e um cristal não é organizado pelos seres humano peça por peça se não que cristaliza espontaneamente. Os animais crescem espontaneamente. Todas estas coisas são diferentes das máquinas que são artificialmente montadas pelos seres humanos.Esta teoria trata sistemas naturais auto-organizados e a origem das formas. E eu assumo que a causa das formas é a influência de campos organizacionais, campos formativos que eu chamo de campos mórficos. A característica principal é que a forma das sociedades, idéias, cristais e moléculas dependem do modo em que tipos semelhantes foram organizado no passado. Há uma espécie de memória integrada nos campos mórficos de cada coisa organizada.. Eu concebo as regularidades da natureza como hábitos, mas que por coisas governadas por leis matemáticas eternas que existem de algum modo fora da natureza ".

 

Como funcionam os Campos Morfogenéticos

Os campos morfogenéticos agem sobre a matéria impondo padrões restritivos em processos de energia cujos resultados são incertos ou probabilísticos.

Por exemplo, dentro de um determinado sistema um processo físico-químico pode seguir diversos caminhos possíveis.

O que o sistema faz para optar para um deles? Do ponto de vista mecânico esta eleição estaria em função de diferentes variáveis físico química que influenciam no sistema: temperatura, pressão, substâncias presentes, polaridade, etc. cuja combinação decantaria o processo para um certo caminho. Se fosse possível controlar todas as variáveis em jogo você poderia predizer o um resultado final do processo. Porém não é deste modo, mas o resultado final é sujeito ao acaso probabilístico, algo quantificável só por meio de análise estatística.Muito bem, o Campo Morfogenético relacionado com o sistema reduzira consideravelmente a amplitude probabilística do processo, levando o resultado em uma direção determinada.“Os Campos Mórficos funcionam, tal como eu explico em meu livro, A Presença do Passado, modificando eventos probabilísticos. Quase toda a natureza é inerentemente caótica. Não é rigidamente determinada. A dinâmica das ondas, os padrões atmosféricos, o fluxo turbulento dos fluidos, o comportamento da chuva, todas estas coisas são corretamente incertas, como são os eventos quânticos na teoria quântica. Com o declínio do átomo de urânio você não é capaz de predizer se o átomo declinará hoje ou nos próximos 50.000 anos. É meramente estatístico, Os Campos Mórficos funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de um grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras. É deste modo como eu acredito que eles funcionam”. De onde vêm os Campos Morfogenéticos?

A palavra chave aqui é “hábito”, sendo o fator que origina os campos morfogenéticos. A traves dos hábitos os campos morfogenéticos vão variando sua estrutura dando causa deste modo às mudanças estruturais dos sistemas a os que estão associados. Por exemplo, em uma floresta de coníferas é gerado o habito de estender as raízes a mais profundidade para absorver, mas nutrientes. O campo morfogenético da conífera assimila e armazena esta informação que é herdada não só por exemplares no seu entorno se não em florestas de coníferas em todo o planeta por efeitos da ressonância mórfica.

 

Experiências

De acordo com Sheldrake, um modo simples para demonstrar a existência dos campos morfogenéticos é criando um novo campo mórfico para logo observar seu desenvolvimento.

 

Novo Código Morse

O Dr. Arden Mahlberg , psicólogo de Wisconsin, tem realizado experimento que analisam a capacidade de duas pessoas para aprender dois códigos Morse diferente. Um deles é o padrão clássico e o segundo, inventado por ele variando as seqüências de pontos e linhas de modo que fosse igualmente difícil (ou fácil) aprender o código. A pergunta é, é mais simples aprender o verdadeiro Morse que o que a pessoa inventou porque milhões das pessoas já aprenderam isto? E a resposta, aparentemente, é que sim.

 

 

A teoria da unicidade dos campos inteligentes

Acreditamos que Rupert Sheldrake esta no caminho certo, somente que esta trabalhando com os efeitos de causas desconhecidas. Estas causas se originam em áreas na qual nosso espectro visual e sensitivo físico não alcança a determinar. Consideramos determinados processos em uma ordem fractalizada determinada por causas consistentes em um âmbito não lineal e instável desde o ponto de vista do efeito sem considerar a inteligência suporte da manifestação do mesmo. Segundo nossa pesquisa com uma variedade de campos energéticos visíveis em determinadas situações de alteração de nível consciencial por parte do observador, estaríamos no meio de uma imensa malha energética, uma rede de partículas e ondas de energia, microfibras luminosas de um tecido energético que permite a comunicação não somente as formas de vida, si não também as formas estruturais atômicas em diferentes níveis vibratórios. Esta rede seria a responsável pela comunicação dos diferentes Campos Inteligentes que interagem com o homem, ate agora de forma unilateral, ou seja, sem consciência da parte do homem. Consideramos que não existe auto organização causada por hábitos ou por padrões de comportamento. O descobrimento desta rede ou armação energética permitira um avanço considerável nas diferentes áreas das ciências. Considerando que não existe auto organização das formas, porem, a existência da rede não seria suficiente para ocasionar os efeitos dos campos mórficos de Sheldrake. Existem diferentes níveis de estruturas inteligentes em tudo o que existe no Universo. Alcançamos uma estrutura inteligente quando de algum modo interagimos com ela, já seja com um cachorro ou com um bosque de coníferas. A diferença radica na geração da resposta a esse estimulo. Se agirmos com as coníferas, (plantas) estas apresentarão um efeito diferente ao efeito evolutivo de ressonância com outras espécies similares no planeta. Quando falamos de inteligência, falamos também de auto organização. Uma forma de vida não poderia se auto organizar se não existisse uma inteligência que suportasse energeticamente estas mudanças.

 

Onde radica então nosso problema?

Nosso problema principal radica na nossa falta de “visão”, na nossa falha em acessar níveis energéticos que estão fora do espectro eletromagnético conhecido e na incapacidade de nos comunicar conscientemente com as estruturas inteligentes que formam parte de nosso universo. Isto só poderá ser feito quando nossos próprios cientistas admitam que é necessária uma mudança radical na observação da vida neste planeta, quando eles possam “sentir” que existe algo mais e que esse sentir já real, seja capaz de alterar a própria consciência do observador. Juan Valdes – IPHAD

 

Concluindo

Sheldrake nos mostra a realidade a qual sempre pertencemos, onde nosso modo de vida nos distanciou. Hoje  acreditamos ser um referencial para o maior salto quântico contemporâneo, pois o acesso ao campo mórfico nos fornecera todas as informações necessárias par o equilibrio do sistema.Nos leva a um campo e plano onde consciências e informações podem transitar em altíssimas velocidades, e Bert Hellinger cria o veiculo mais veloz do campo, as constelações, através delas fletamos sem noção de tempo e direção nas informações das historias de tudo e de todos, com a possibilidade de alinharmos o que ficou para traz, com uma sensação de vácuo preenchido, o mais perto do vazio que podemos experimentar. As hipóteses de Rupert Sheldrake que pudemos apresentar constituem uma lição avançada que produz uma reviravolta nas posições dos cientistas da biologia, da psicologia e da física. São hipóteses altamente criativas e que seduzem pela possibilidade de explicar, cientificamente, fenômenos que até agora se configuravam como parapsicologia. Terminada a exposição dos aspectos mais importantes das postulações de Rupert Sheldrake, podemos afirmar que o Campo Morfogenético se constitui na mais recente postulação psicossomática que eu conheço. Quando Sheldrake afirma que a energia do Campo Morfogenético age de ancestrais até os mais novos representantes de uma família biológica e que pela ressonância morfonegética, essa energia reforça as modificações físicas e psicológicas dos seres humanos, podemos entender o que acontece com crianças de dois, três, quatro anos, que demonstram uma habilidade verbal e motora muito mais diferenciada do que os pais quando tinham essa idade. A facilidade com que nossas crianças, de hoje, dominam brinquedos eletrônicos e até computadores e a utilização de uma linguagem muito diferenciada, no que se refere a domínio dos significados das palavras e dos sentidos de frases. Essa facilidade pode ser atribuída à existência do campo morfogenético e à respectiva ressonância. É conhecida a imagem da Gestalt constituída por um vaso e dois perfis. Vamos supor que os perfis fossem psquismo e o vaso seja o corpo, o soma, há pessoas que vêem só os perfis e outras que vêem só o vaso. Levando a analogia para o campo morfogenético, ele agiria simultaneamente sobre o vaso e os perfis e se alguém pudesse enxergar a figura dessa maneira, veria, de forma psicossomática, o ser humano, ou seja, psique e corpo, uma unidade indissociável.

 

 

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