Eric Berne
"Todos nós nascemos príncipes e princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em sapos", (acomodados).
A cura do emaranhamento (identificação)
Um aspecto importante na solução de emaranhamentos é descobrir quem está faltando na família, quem foi dela excluído e, em seguida, conscientizar essa pessoa para que a união familiar se complete. Em regra, o excluído é aquele que sofreu ou foi vítima de alguma injustiça. Aos olhos dos outros membros, era quase sempre considerado mau, tendo sido alijado do sistema familiar porque isso parecia moralmente justo e correto. Em tais casos, os que permanecem sentem-se superiores do ponto de vista moral. A dinâmica nuclear é que alguém, no sistema, recorre a um pretexto moral para reivindicar um privilégio sistemicamente injustificado, ou seja: ‘Eu tenho mais direito de pertencer que você’.
A pressão do grupo para restaurar todos os seus membros e preservar a integridade exige que uma pessoa mais nova represente a excluída. A integridade do grupo frequentemente é mantida por identificação – um jovem, sem ter consciência disso, assume os papéis, as funções e até os sentimentos de um membro mais velho excluído.
A identificação pode ser resolvida se a pessoa mais jovem, que estiver repetindo o destino de uma pessoa mais velha, compreender o problema. Ela então enfrentará o excluído ou ficará ao seu lado, dando-lhe afetuosamente um lugar em seu coração. O afeto cria um relacionamento, e a pessoa alijada torna-se um amigo, um anjo da guarda, um amparo. Afinal, a identificação é o contrário do relacionamento. Quando me identifico com alguém, ajo e sinto como ele, mas não posso amá-lo porque não o considero como uma outra pessoa. Eu só posso amar quem está separado de mim. Se amo uma pessoa separada de mim, meu amor dissolve toda identificação que eu possa ter arquitetado. A pessoa identificada pode então voltar ao seu devido lugar na família, restabelecendo-se dessa forma o equilíbrio do sistema.
Um fato é certo: tanto Bert Hellinger quanto Eric Berne, os criadores da constelação familiar sistêmica e da análise transacional, concordam – o ser humano segue um programa pré-estabelecido, que guia suas emoções, pensamentos e atitudes, às vezes empurrando-o para uma vida desconfortável, relacionamentos problemáticos, vícios e até a morte.
Embora Berne acredite que a origem dos scripts, que são estes “roteiros” de vida que assumimos, seja na relação parental, quer dizer, papai e mamãe, ele admite que esta origem possa remontar de antes do nascimento. Como? Geneticamente? Talvez… E Hellinger diz, em palavras diferentes, isso: nos identificamos com algum membro do nosso sistema familiar do passado que tenha sido excluído, e por amor a ele, inconscientemente passamos a viver uma vida em busca da inclusão, de ser aceito… Isso detona relacionamentos, as vezes a saúde e a possibilidade da realização pessoal. Como esta identificação ocorre? Hellinger gosta da teoria da ressonância mórfica, que diz que os membros de um mesmo grupo tem acesso a um arquivo de idéias, inconscientes, que são acessados por pessoas que não tiveram contato com a “origem” destas idéias. Podemos também pensar na teoria do inconsciente coletivo, de Jung, ou da transmissão genética de fatores emocionais, aceito por Daniel Goleman.
A constelação ajudando na cura do script
Fato é que ninguém deseja permanecer com um “roteiro” que o conduza à infelicidade. Pelo menos os clientes que procuraram um trabalho terapêutico, significa que cansaram do sofrimento, e desejam a felicidade.
É possível mudar este script? É possível mudar a identificação? Sim, mais uma vez, tanto a análise transacional como a constelação familiar sistêmica concordam. Partindo por métodos diferentes, as duas propõem que o poder de mudança está na vontade do cliente.
Concordo com isso. Percebo, nos trabalhos de constelação, que aquele cliente que assume a responsabilidade pela própria felicidade, já deu o maior passo para a libertação e mudança. As curas acontecem. E graças ao método sistêmico trabalhar com a mente inconsciente, o script é mudado sem a necessidade exata de analisar ele exaustivamente. O cliente, rapidamente percebe o seu envolvimento emocional com este roteiro de sofrimento, e percebe que pode e deseja mudar. Por isso, considero a constelação familiar sistêmica um ótimo apoio à análise transacional, por trazer os scripts à tona, de forma imediata, permitindo uma reprogramação da vida do cliente, libertando a criança interior da identificação com idéias e emoções conflitivas.
Análise transacional
É um método psicológico criado em 1956 Informalmente conhecida como AT, estuda e analisa as trocas de estímulos e respostas, ou transações entre indivíduos. O nome original do método é Transactional Analysis.
Análise Transacional (AT) é uma teoria da personalidade criada pelo Dr. Eric Berne no final da década de 50. De acordo com a definição da International Transactional Analysis Association (ITAA) "A Análise Transacional é uma teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática para o crescimento e a mudança pessoal". É também uma filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. Possui um conjunto de técnicas de mudança positiva que possibilita uma tomada de posição quanto ao ser humano. Os pressupostos básicos foram escritos por Claude Steiner** (Os Papéis que Vivemos na Vida), e são: 1. Todos nascemos OK, isto é, com potencial para viver, pensar, desfrutar. 2. Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada. Estuda e analisa as trocas de estímulos e respostas, ou transações entre indivíduos. O nome original do método é Transactional Analysis.
Estes dizeres levam a crer que a AT diferencia caráter e personalidade. O caráter refere-se as tendências que trazemos, como por exemplo, tendência para a lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia (genética - gestação - parto - desenvolvimento neuromotor). Já a personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provém do meio externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. Parece claro que a personalidade baseia-se também no caráter, mas não o inverso. A análise transacional é um estudo psicodinâmico, enfatizando que a pessoa pode modificar seus sentimentos, pensamentos e escolhas pelo autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Esta possibilidade é enfatizada em sua teoria básica, vinda de Berne, que são: estados de ego, transações, posição existencial e roteiro de vida. Nem o caráter, nem a personalidade devem coibir a autonomia possível do ser humano.
Para os Analistas Transacionais, portanto, o ser humano carrega em si a capacidade criativa, e fazendo-se uma metáfora,comparado a uma árvore, teria a seiva que passa pelo seu interior construtiva,a forma de seu tronco seria a personalidade e a madeira que constitui essa forma seria o caráter.
Traduzindo: esta essência boa refere-se à capacidade de viver e ser feliz independente de suas limitações biológicas, culturais e de educação.
CARÁTER + PERSONALIDADE = FORMAÇÃO DO SER.
Os conceitos principais básicos da AT são:
Teoria contratual
A estrutura da personalidade: Pai, Adulto e Criança e suas funções
Transações
Posições Existenciais
Jogos Psicológicos
Reconhecimento
Estruturação do tempo social
Os padrões emocionais: emoções naturais e as aprendidas
Script de vida: que decisões dirigem as escolhas das pessoas
Autonomia: fazendo escolhas conscientes e produtivas
Estados do Ego
Na figura estão representados os órgãos psíquicos, os quais se manifestam fenomenologicamente e operacionalmente através dos três estados de Ego correspondentes, que são eles Pai, Adulto e Criança. Os estados do ego são manifestações dos órgãos psíquicos, podendo compreendê-los da seguinte forma:
Estado de Ego Pai - Exteropsiquê (formada a partir da influência de pais e familiares)
Estado de Ego Adulto - Neopsiquê (aquisição de informações, contato objetivo com a realidade)
Estado de Ego Criança - Arqueopsiquê (processos fisiológicos, experiências desde o nascimento, pensamento mágico, emoções, adaptações.
O estado de ego pai é o reservatório de normas e valores, de conceitos e modelos de conduta, surge no indivíduo por volta dos 3 anos de idade e suas principais fontes são os pais, (ou substitutos) e outros familiares e pessoas que convivam com a criança e tenham uma figura de autoridade e importância na vida dela. Está sujeito a influências culturais e impões à pessoa ações, regras e programas de conduta.
O estado de ego adulto é a parte da personalidade do indivíduo que recebe informações de fora para dentro, as analisa, as compara e toma decisões baseado no seu banco de dados. É a parte racional do ser humano, que adquire conceitos pensados da vida desprovidos de influências sentimentais. Seria segundo Kertész, o hemisfério esquerdo do cérebro, nos destros. Sua função básica é trabalhar, estudar e operacionar.
O estado de ego criança surge logo que se nasce. É o primeiro estado de ego a emergir no ser humano e representa as emoções básicas como alegria, amor, prazer, tristeza, raiva e medo. Esta é a parte mais autêntica do ser humano e também a mais reprimida pela educação. Segundo Kertész(1977) representada pelo hemisfério direito do cérebro dos destros, hemisfério esse que processa os sonhos, as imagens, estimulado quando se usa a criatividade e a arte.
Carícias
A análise transacional é uma das poucas abordagens da psicologia que fala de maneira científica sobre o amor, a partir de seus pressupostos (Steiner) e pelo instrumento chamado carícias (assim traduzido do inglês Strokes): são estímulos dirigidos que transmitem aceitação incondicional (pelo que a pessoa é) e condicional (pelo que a pessoa faz ou tem).
"Carícias são estímulos sociais dirigidos de um ser vivo a outro, o qual, por sua vez, reconhece a existência daquele." (Kertész)***
O ser humano tem necessidade de carícias assim como tem necessidade de alimento. Isso pode ser observado nos bebês, muitas pesquisas já provaram que o contato físico dos bebês com a mãe ou com quem os alimenta é de importância vital para sua sobrevivência. Neste ponto Berne tem grande influência da psicanálise, quando sugere o contato físico dos bebês com suas mães algo prazeroso, algo semelhante ao prazer sexual sugerido por Freud.
Berne (1962) sugere quatro "fomes" vitais:
Fome de estímulo :De onde provém os estímulos sensoriais da visão, da audição, do tato, olfato e paladar.
Fome de reconhecimento: Onde os atos ou palavras são estímulos especiais para o comportamento.
Fome de contato: Nesta categoria encontra-se a carícia física propriamente dita, não necessariamente apenas aquelas agradáveis, mas também a própria dor é considerada uma fome de contato.
Fome sexual: De onde pode-se saciar todas as outras fomes.
Outro estudo, feito por Harlow, em seu laboratório experimental mostrou a importância do contato físico para o apego: macacos separados de suas mães ao nascer eram colocados em mães substitutas feitas de arames. Uma das mães foi coberta com um tecido felpudo e macio. O alimento era colocado na mãe de arame sem o tecido e era oferecido para os macaquinhos as duas mães. A grande maioria dos macacos, se alimentavam na mãe de arame e saciada a fome corriam para a mãe felpuda, passando com ela a maior parte do tempo, mostrando assim que o contato físico superava a própria fonte de alimentação, o apego era maior com a mãe adotiva que lhes dava carícias que com a mãe adotiva que lhes dava o alimento.
Para Berne ficava claro a importância do contato físico, e que o estímulo é a "unidade básica da ação social", sendo tão importante para a sobrevivência do ser humano como o alimento e o ar que se respira.
Atualmente, a AT tem evoluído e se desenvolvido através das diversas contribuições teóricas e práticas de muitos autores seguidores de Berne e conta também com uma difusão e aplicação em nível mundial.
O termo transacional deveu-se ao interesse que Berne tinha pelo que ocorria entre as pessoas. Daí o estudo, a análise, as trocas de estímulos e as respostas (transações) entre os indivíduos serem a ênfase dada por Berne ao iniciar as suas pesquisas e observações que culminaram na criação da Análise Transacional (AT).
Além de ter se ocupado primordialmente com o que ocorre entre os indivíduos, Berne contribuiu ainda com excelente modelo de estudo do que ocorre no interior do indivíduo. Berne dizia: "todos nós nascemos príncipes e princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em sapos". É uma filosofia positiva e de confiança no ser humano: todos nós nascemos bem ("OK"), com capacidade plena para obter sucesso e satisfação de nossas necessidades. A única exceção é quando o indivíduo sofre alguma afecção orgânica grave.
A AT é um modelo de aprendizagem, que veio em substituição ao velho modelo da "enfermidade mental". Berne detestava usar termos médicos complicados, por isso passou a usar uma linguagem fácil, do cotidiano, de tal modo que todos o entendiam. A naturalidade da AT fundamenta-se nas necessidades básicas do ser humano: biológicas, psicológicas e sociais.
Berne buscou formular a sua teoria a partir do que via e ouvia, através do que diziam e faziam os seus clientes. Ele era muito observador da conduta humana, não era adepto de teorias que não pudessem ser demonstradas e colocadas em prática.
A teoria da AT, em quase a sua totalidade, pode ser representada mediante gráficos simples, tais como círculos, triângulos, vetores, quadrados, etc., permitindo, assim, o seu aprendizado através dos conceitos abstratos e, além disso, fornece excelente possibilidade de aprendizado através do canal visual.
A teoria da AT está estruturada através de 10 instrumentos, que aliados ao conhecimento da história pessoal do indivíduo, aos sinais de comportamentos observados e da intuição, permite predizer, com um grau de acerto espantoso, o que acontecerá ao indivíduo, caso ele continue com o seu programa interno. Esse grau de acerto elevado, tanto se verifica no nível individual quanto em grupos e em organizações, facilitando, assim, a prevenção de comportamentos destrutivos e perigosos, possibilitando uma atuação precisa e potente para que não haja uma concretização de tais predições. Isto possibilita uma atuação preventiva tanto por parte do profissional como por parte do cliente, pois em virtude de sua simplicidade permite a compreensão do comportamento próprio e alheio, sem a necessidade de dispêndio de muito tempo e dinheiro para consolidar um diagnóstico preciso, demonstrando desse modo a sua eficácia.
Outro aspecto que considero de muita importância na AT é o fato de sua teoria ser de fácil assimilação, inclusive para os leigos. Uma criança de 8 a 10 anos de idade assimila perfeitamente os seus conceitos. A AT é também de fácil integração com outras teorias psicológicas tais como a Gestalt Terapia, que trabalha com as emoções, as sensações, os diálogos com partes de si mesmo; e ainda pode ser aliada a técnicas corporais, Hipnose, Psicodrama, Biodança, etc., ou seja, é fácil traduzir essas e outras teorias para o modelo transacional. Em outras palavras, como diz R. Kertész descrevendo a facilidade de entendimento da AT: "creio que é o melhor idioma psicológico, porque todos o entendem".
Berne dizia que: "se um observador entra num grupo de terapia transacional, talvez leve algum tempo para distinguir quem seja o terapeuta já que ele não se veste de maneira diferente, age de modo natural e usa o mesmo idioma que os integrantes". Isso enfatiza a sua filosofia igualitária: ninguém é melhor do que ninguém, apenas alguns possuem maiores talentos do que outros, em algum aspecto.
Outra característica da AT é o trabalho contratual. O contrato é um acordo bilateral entre o terapeuta e o cliente, que tem por finalidade alcançar os objetivos propostos. O cliente enumera as mudanças que deseja alcançar e o terapeuta aceita trabalhar com ele facilitando-o atingir as mudanças desejadas.
O objetivo último da AT é levar o indivíduo a alcançar a Autonomia de Vida. Entende-se por Ser Autônomo o indivíduo que tem o controle de sua própria vida, aceita a responsabilidade de seus próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos, além de abdicar-se de padrões inadequados para viver no aqui-e-agora. Tudo isso pode ser obtido através da recuperação de três capacidades: consciência, espontaneidade e intimidade. Essas três capacidades são inatas no ser humano, entretanto algumas vezes ficam limitadas devido a situações estressantes ou traumáticas que sofremos em nossa infância.
Os dez instrumentos da AT são os seguintes:
1) Os Estados de Ego ou Estados do Eu - definidos por Berne como: "um estado de Ego pode ser descrito fenomenologicamente como um sistema coerente de sentimentos relacionados a um dado sujeito e operacionalmente como um conjunto de padrões coerentes de comportamento; ou ainda do ponto de vista pragmático, como um sistema de sentimentos que motiva um conjunto de padrões de comportamentos afins".
É uma estrutura tripartida, cujas partes são designadas de Estado de Ego Pai, Estado de Ego Adulto e Estado de Ego Criança (P, A e C). É como a nossa personalidade está formada. É a nossa estrutura interna. Portanto, trata-se do relacionamento intrapessoal. Entenda o que acontece e quem manda em sua cabeça conhecendo a teoria e a prática da Análise Transacional.
2) Transação - é a unidade de ação social, que envolve um estímulo e uma resposta. É como nos comunicamos uns com os outros. Trata-se, por conseguinte, do relacionamento interpessoal. Saiba como manter um relacionamento saudável com o seu par, na família, no trabalho, no social, etc., descobrindo e praticando as leis da comunicação da Análise Transacional.
3) Estruturação do Tempo - o ser humano, desde o seu nascimento
até a sua morte, tem a necessidade de preencher esse vazio que existe em sua vida: o tempo. Existem seis maneiras do ser humano estruturar o seu tempo: quatro delas possuem dois aspectos, um positivo e um negativo; as outras duas - uma só possui aspectos negativos e outra só aspectos positivos.
A maneira como uma pessoa estrutura o seu tempo poderá leva-lo à morte precoce ou a viver por muitos anos. Descubra, com a Análise Transacional, como você está estruturando o seu tempo.
4) Carícias (Strucks) - constitui uma das fomes básicas do ser humano. A partir do conceito de Carícias podemos entender por que determinadas pessoas, por exemplo, estão sempre "metendo-se" em situações desagradáveis, situações difíceis, etc.
Por tratar-se de uma fome básica do ser humano, todos nós necessitamos de Carícias. O grande problema é como buscamos as Carícias que necessitamos em nosso dia a dia. Você busca as Carícias Positivas que necessita para o seu dia? Ou você busca Carícias Negativas porque não sabe buscar as Carícias Positivas? Na AT você terá estas respostas que são de fundamental importância para uma vida saudável
5) Emoções - uma das valiosas contribuições de Berne foi a divisão das emoções em duas categorias: Emoções Autênticas e Falsas Emoções (Rackets em inglês, Rebusque em espanhol). Esta divisão facilitou em muito o entendimento das doenças psicossomáticas e por conseguinte o seu tratamento e, principalmente, como evitá-las. Faça um reaprendizado emocional consciente e troque as falsas emoções por emoções autênticas, utilizando o seu poder interior que a Análise Transacional poderá lhe ajudar a redescobrir.
6) Posição Existencial - é a forma como percebemos a nós mesmos em relação às outras pessoas. São juízos de valores ou conceitos de si mesmo e dos demais adquiridos na infância, através de tomada de decisões, muitas vezes, imaturas e irracionais, uma vez que são baseadas nas condições precárias de criança para raciocinar e pensar objetivamente diante da realidade.
É a janela através da qual vemos a nós mesmos e os demais que estão à nossa volta. É uma posição de vida que tomamos em nossa infância, que foi "OK" para a nossa sobrevivência naquela época e realidade em que vivíamos, porém hoje é possível que a nossa realidade seja completamente diferente daquela, entretanto é possível que estejamos continuando a ver o mundo através daquela mesma janela. Saiba como mudar a visão de si mesmo e do mundo, praticando e atuando dentro da filosofia da Análise Transacional.
7) Jogos Psicológicos - é uma maneira negativa do ser humano estruturar o seu tempo. Os Jogos Psicológicos são constituídos por uma série de lances com uma cilada ou "truque" no meio e com um final previsível. A partir do entendimento do conceito dos Jogos Psicológicos você será convidado a dar-se conta de quanto tempo está perdendo de sua vida praticando-os.
Por que jogamos? O que fazer para não entrarmos em Jogos Psicológicos? A estas e outras perguntas você encontrará as respostas conhecendo a teoria e a prática da Análise Transacional.
8) Script de Vida - também chamado de Argumento de Vida, é um plano inconsciente de vida ou ainda um programa em marcha, que o indivíduo desenvolve na primeira infância sob influência parental e que irá dirigir a sua conduta nos aspectos mais importantes de sua vida.
As mensagens parentais, chamadas mandatos, são enviadas pelos pais (ou substitutos), normalmente, de forma não verbal e recebidas como ordens pelos filhos, que freqüentemente decidem obedecer por não possuírem outras informações.
Existem muitos mandatos, dentre eles: "não viva", "não sinta", "não pense", "não cresça", "não seja você mesmo", "não faça", "não consiga" ("fracasse"), etc. Lembrando que os mandatos agem por toda uma vida sem que o indivíduo tenha consciência da existência dos mesmos. Os pais ou substitutos, por sua vez, também não têm consciência que estão transmitindo tais mensagens. Portanto, tudo fica perfeitamente "camuflado". Às vezes alguns indivíduos apenas suspeitam que existe "algo errado" em sua vida... mas... fica por isso mesmo.
Saiba que o mais importante de tudo é que isso pode ser mudado. Para tanto, conheça e pratique os conceitos da Análise Transacional.
9) Miniscript de Vida - também chamado de miniargumento, é uma seqüência de condutas observáveis, segundo a segundo, que numa tentativa de livrar o indivíduo de seu Script de Vida, termina por "empurrá-lo" cada vez mais para dentro dele.
Essas condutas observáveis são impulsionadas pelos comportamentos de Compulsores, assim chamados por induzir aos comportamentos inadequados.
10) Dinâmica de Grupo – grupo, de acordo com Berne, " é qualquer agregação social com um limite externo e pelo menos um limite interno". O autor desenvolveu a sua própria teoria de grupo, tanto para área clínica como para a área organizacional.